SIMONE LENTZ

Thursday, December 21, 2006

ECS 11

ECS 11 – semana 12

POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL: DESIGUALDADES SOCIAIS, ENSINO PÚBLICO E ENSINO PARTICULAR.

A comparação entre diferentes sistemas educativos levou muitos especialistas a postular a existência de um modelo universal de educação formal
Desde o começo do século passado, o desenvolvimento do sistema educativo brasileiro vem sendo marcado por relações conflitantes entre diferentes grupos sociais.
Há quatro diferentes períodos principais na história das lutas em prol da escola pública no Brasil.
O primeiro (1934-1962) é marcado, nos anos 30, pela discussão entre católicos e leigos quanto às orientações gerais da política educativa no país (Libaneo, 1985). Nos anos 50 e 60, o debate articulou-se em torno do conflito entre os defensores da escola particular e os da escola pública. Os primeiros, agrupados em torno da igreja católica, defendiam uma concepção religiosa e humanista do ensino; reclamavam até um financiamento público para a educação particular, de modo a garantir a "liberdade de escolha" dos pais. Os segundos, animados por movimentos progressistas e leigos, estimavam que apenas a escola pública estaria apta a garantir as mesmas chances educativas para todos os cidadãos brasileiros.
No plano pedagógico, esse primeiro período corresponde à introdução do pensamento pedagógico liberal no Brasil, principalmente por meio do engajamento dos pedagogos liberais em favor de uma melhor resposta à demanda social crescente por educação. Esse movimento culminou com o lançamento, em 1932, do manifesto dos pioneiros da escola nova, o qual preconizava uma universalização do ensino pelo desenvolvimento de um sistema de educação público. Esse documento considerava o ensino como uma função eminentemente social e pública (Azevedo et al., 1932). Da mesma forma, cabe assinalar a influência preponderante, no plano pedagógico, da Escola Nova.
O primeiro período acabou com a promulgação, em 1962, pelo Congresso brasileiro, de uma legislação completa sobre a educação (Lei de Diretrizes e Bases). Apesar de reforçar a escola pública no plano legislativo depois desse primeiro período, essa lei não constituiu um avanço sensível na construção do sistema público de educação. As comunidades desfavorecidas e as populações rurais permaneceram afastadas da escolarização maciça.
O segundo período, muito breve, corresponde ao surgimento do movimento de educação popular que se desenvolveu entre 1962 e 1964, graças, em particular, ao trabalho pioneiro do movimento de educação básica (MEB) e à atuação do pedagogo Paulo Freire. O debate deslocou-se, na época, do campo escolar para o da alfabetização de adultos e da educação popular num contexto político marcado por múltiplas lutas sociais.
O terceiro período teve início em 1964 com o advento do regime militar, que interrompeu brutalmente as expectativas suscitadas no país pelas campanhas de alfabetização popular. Esse regime tentou implementar uma política educativa tecnicista, centrada nos conceitos de racionalidade, eficiência e produtividade. Essa orientação, inspirada principalmente pelos acordos entre o Ministério da Educação e a Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento (US-AID), foi combatida pela maioria dos educadores brasileiros, que não hesitaram em recusar o caráter autoritário do regime e de sua proposta pedagógica.
O quarto período começa no início dos anos 80 com o retorno progressivo à democracia. O debate girou, na época, em torno da democratização do ensino e da permanência das crianças desfavorecidas na escola. Várias medidas legislativas em prol da escola pública foram votadas, como a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996.
Esse sobrevôo rápido pelas condições históricas da constituição do sistema educativo brasileiro revela os principais debates ideológicos contemporâneos no país. Quase monopólio das ordens eclesiásticas nos seus primórdios, a educação formal foi progressivamente organizada pelo Estado imperial e, em seguida, pela república, para acompanhar o desenvolvimento econômico e a modernização. Entretanto, o Estado brasileiro nunca quis ou pôde controlar o conjunto do processo de escolarização de massa ao longo do século XX. O ensino particular constituiu-se progressivamente como a única opção para os filhos da elite social. Apesar de uma legislação e de um discurso político onipresentes, a rede pública padece de numerosas fraquezas qualitativas e quantitativas. O resultado atual é um sistema educativo fragmentado, organizado em redes disparates, dificilmente comparáveis entre si. Na seção seguinte, tentaremos descrever essas múltiplas redes.
O sistema educativo brasileiro progrediu muito nessas últimas décadas. Um aumento sensível das taxas de escolarização em todos os níveis de ensino (inclusive pré-escolar) e uma baixa constante das taxas de analfabetismo podem ser claramente verificados. Assim, este último baixou de 39,5% em 1960 para 20,1% em 1991 (Guimarães, 1998). No plano quantitativo e global, a situação educativa brasileira compara-se à que prevalece em outros países em desenvolvimento, mesmo se o Brasil tende a ter melhores resultados no plano econômico. De fato, na classificação internacional da precariedade dos sistemas educativos nos países em desenvolvimento, o Brasil está 16 lugares abaixo de sua posição em função do PIB (Watkins, 1999).
A estrutura do ensino público brasileiro começa com a constituição de 1824, que reconhecia o direito de todo cidadão a uma educação primária. Em 1930, criou-se um ministério da educação. A seguir, a lei de diretriz da educação de 1962 instituiu três tipos de escolas públicas (federais, estaduais e municipais). A constituição de 1988 estabeleceu a convivência das redes pública e particular. Para a rede particular, uma distinção foi estabelecida entre instituições com e sem fins lucrativos (escolas comunitárias, filantrópicas e confessionais).

. Em 1996, o ensino público fundamental acolheu 29,4 milhões de alunos (88% do total de alunos), ao passo que o ensino particular recebeu apenas 3,7 milhões. No que diz respeito ao ensino médio, os setores público e particular acolheram, em 1996, respectivamente 79,5% e 20,5% dos alunos (INEP, 1996).
A qualidade da rede pública depende da política educativa desenvolvida no plano municipal, estadual e federal.
A situação da rede particular depende dos incentivos fiscais dos poderes públicos e do grau de controle ao qual está submetido. A constituição de 1988 limitou, teoricamente, o repasse de recursos públicos para o ensino privado. Entretanto, importantes repasses indiretos ainda existem, especificamente por meio da compra maciça, pelas escolas públicas, de manuais escolares junto de algumas grandes editoras privadas (Akkari, 1999).
O ganho de potência do setor privado (em todos os níveis do ensino), único habilitado para reproduzir as elites, pode ser também constatado em outras regiões do Sul.
A fragmentação do sistema educativo brasileiro em redes de várias velocidades é uma conseqüência do fracasso do planejamento escolar. Contudo, não é pertinente deixar a mão invisível do mercado substituir-se aos poderes públicos. O Estado deve, portanto, ser o verdadeiro regulador e garante do conjunto do sistema educativo.
O discurso neoliberal atual sobre a educação é elitista. Ele justifica as desigualdades sociais e o triunfo dos mais fortes. Ele culpa os mais pobres e os docentes. Ele legitima o poder dos administradores, dos tecnocratas e dos recursos materiais (manuais escolares). Ele considera o mercado como a única racionalidade possível.
O sistema educativo brasileiro não é regido pela competição, mas pelo monopólio exercido pelas escolas particulares sobre a qualidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AFRÂNIO, G. Les intellectuels et la conscience nationale au Brésil. Actes de Recherches en Sciences Sociales, 98, 1993, p. 20-33.
AKKARI, A. (1999). The construction: Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre Estado, privatização e descentralização.

Thursday, December 14, 2006

Feliz Natal!!!!

Feliz Natal, queridos colegas e amigos!!!!




Que seu Natal seje repleto de paz, amor, esperanças, alegrias e felicidades.

Tenham todos um "FELIZ NATAL"E um "ANO NOVO" cheio de Amor e Paz e muita Luz!!



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Natal Informático
Feliz Natal
Mensagem aos meus amigos e colegas

DESAFIO 2

::Semana 10 e 11 / TIC's

As TIC’S, presente ao sistema educacional é muito importante, para melhor aperfeiçoamento do processo de Ensino/Aprendizagem dos nossos educandos.
Diante da entrada dos novos meios de tecnologia em nosso cotidiano, a EDUCAÇÃO, não poderia caminhar longe deste contexto, abrangendo o desenvolvimento e a capacitação do educador e juntamente, trazer facilidade e prazer para o educando em aprender através das inovações da comunicação e informatização.

O nosso ensino educacional frente à esta nova tecnologia, vem passando diariamente por algumas transformações constantes complementando e aperfeiçoando a presença de aluno X professor na sala de aula, a disposição adequada de computadores dentro da mesma, melhorando o aproveitamento dentro do campo do ensinar e aprender.
O processo educacional e de aprendizagem em minha prática docente, é de extremo movimento, pois procuro sempre informar-me atualmente, buscar, conhecer e saber dos novos recursos (instrumentos e ferramentas educacionais) para colocar em prática aquilo que está apenas no teórico, ocorrendo desta maneira um avanço tecnológico na área educacional.
Com a utilização das novas tecnologias em minha prática docente, é nítido e claro para mim, a interação e troca mútua de informações/conhecimentos dos educandos através da participação em listas de discussões através de chat, e-mails, blogs, no qual permite a interação dos mesmos com a tecnologia/computacional.
Estas ferramentas citadas no parágrafo anterior, têm como objetivo propiciar aos educandos análises, pesquisas,... com o intuito de promover uma aprendizagem significativa e construtiva.
Para mim como educadora, estas ferramentas são de suma importância, com o objetivo principal de tornar os educandos o co-autor do seu próprio conhecimento, melhorando, aprimorando e dando significado no processo Ensino/Aprendizagem.

Educação para um mundo melhor...

Esse texto é interessante de ser lido por qualquer pessoa, não só pelos educadadores:
AOS EDUCADORES
Ilustre escritor brasileiro Augusto Cury enumera em seu livro intitulado "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes", o que ele considera os sete pecados capitais dos educadores.O primeiro deles é corrigir o educando publicamente. Um educador jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ela seja, diante dos outros. Um educador deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.O segundo é expressar autoridade com agressividade. Os educadores que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas próprias fragilidades. Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.O terceiro é ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança. Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam. Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.O quarto é punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações. A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações. Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias. Elogie o educando antes de corrigi-lo ou criticá-lo. Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito. Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.Quinto: ser impaciente e desistir de educar. É preciso compreender que por trás de cada educando arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto. Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.O sexto, é não cumprir com a palavra. As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida. Não o quebre. Não dissimule suas reações. Seja honesto com os educandos. Cumpra o que prometer. A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.Sétimo: destruir a esperança e os sonhos. A maior falha que os educadores podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens. Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar. O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.........................Você que é pai, professor ou responsável pela educação de alguém, considere que há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem.Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.Lembre-se que a educação é a única ferramenta capaz de transformar o mundo para melhor, e que essa ferramenta está nas suas mãos.Do seu uso adequado depende o presente e dependerá o futuro. O jovem é o presente e a criança é a esperança do porvir.Pense nisso e faça valer a pena o seu título de educador.Eduque. Construa um mundo melhor. Plante no solo dos corações infanto-juvenis as flores da esperança.
in Momentos de Reflexão

Tuesday, December 12, 2006

Olá Pessoal!!!!!

Monday, December 11, 2006

ECS10 - Relatório Inicial


Olá amigos (as) !!!!!

::SEMANA10 / Atividade 10

Até agora, venho participando ativamente da wikistória. Esta atividade, faz nós educadores trocarmos experiências pessoais, idéias e maneiras de como lidar com nossos alunos frente ao processo de Ensino / Aprendizagem, por meio das teorias do grande pensador, um revolucionador da Educação: Paulo Freire.

Em seu Livro "Pedagogia do Oprimido", nos passa práticas educacionais, importantes para o nosso meio educacional. Achei muito interessante ler este livro, pois ao ler, nos faz pensar e refletir as situações em que vivenciamos diariamente dentro da sala de aula, fazendo-nos também relembrar das maneiras corretas de posturas coerentes frente a determinadas situações.

Uma dessas situações em que vivo em sala de aula, são trabalhar com os aspectos de dar significado ao que meu aluno aprende, deixo ele se expressar, mostrar o que sabe, suas curiosidades,... para posteriormente ensiná-lo apartir do que o mesmo não tem conhecimento ainda.

Exemplo:Conteúdo: Plantas

Quando iniciei a aula sobre as Plantas, primeiramente, fiz questionamentos orais com os alunos na aula anterior, perguntando o que acham das plantas, quais conhecem, para quê serve as plantas, entre outros..., e também deixei-os curiosos sobre a próxima aula, pedindo-os que troxessem algumas plantas, folhas, frutos, flores,... o que quisessem trazer no qual envolvessem: plantas.

No dia seguinte, a partir do que os alunos troxeram e também dos conhecimentos deles, fui explicando e iniciando sobre as plantas,... no decorrer dos dias também trazia dinâmicas, jogos, e diversas atividades diferentes.

Desta maneira, percebo o quanto os meus alunos aprendem com mais clareza e facilidade, pois não tranmito simplesmente o conteúdo para eles, e sim construo gradativamente o conecimento com os mesmos. Eles adoram este meu método de Ensino/Aprendizagem. Sempre obtive sucesso neste meu método construtivista e progressista, pois consigo visualizar nitidamente o quanto eles aprendem e ficam envolvidos e entusiasmados com as atividades propostas.

Ao ler o livro de Paulo Freire, pude concretizar que meu método de ensino é realmente relevante frente minha prática educativa.

No capítulo 2 - Ensinar não é transferir conhecimento: "... Formação docente : numa perpectiva PROGRESSISTA - Saber que ensinar não é transferir conhecimentos, mas CRIAR as possibilidades para sua próprio produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho - a de ensinar e não a de transferir conhecimentos."

Referência Bibliográfica:

FREIRE, Paulo - Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa/ Paulo Freire - São Paulo: Paz e Terra, 1996- (Coleção Leitura) - 17ª Edição, 2001.

Beijosss o abraçosss!!!!!!!! ;***

Festa de Calouros - PEAD/UFRGS

Olá Pessoal!!!!!!

É com imenso prazer que mostro as fotos da nossa Festa de Calouros PEAD - UFRGS em Porto Alegre, referente ao curso: Licenciatura em Pedagogia na Modalidade à Distância. A Festa se concretizou no dia 02/12/2006.
Foram recepcionados todos os alunos dos 5 Pólos: Três Cachoeiras, Sapiranga, São Leopolda, Gravataí e Alvorada, na Faculdade de Educação da UFRGS.
Neste dia, houve momentos especiais para nós estudantes daeta faculdade já mensionada: Abertura com a diretoria da FACED e demais autoridades, visitação, momento de descontração onde cada Pólo se apresentou cantando uma música, ouve além disso muita diversão, risadas, batizados, enfim, foi um dia maravilhoso para todos nós!!!










Gostaram das fotinhus????? Ficaram com "gostinho" de quero mais??? Então, o que estão esperando??? Acessem agora os Links aqui embaixo e confiram mais, as fotos super legais da nossa Festa:

Fotos Festa de Calouros 1

Fotos Festa de Calouros 2

Beijosss e abraçoss